Histórico

       Se voltássemos no tempo, para os primeiros anos da década de 70, e num domingo ensolarado estivéssemos passando pelo local onde fica a nossa escola, não veríamos a E.M. Pedro Aleixo, mas sim um grande campo de futebol frequentado pela comunidade da região. Enquanto os pais jogavam uma partida animada, os filhos brincavam por ali, sem imaginar que muitos deles iriam, mais tarde, estudar numa escola construída ali mesmo.
       Voltando mais um pouco ao passado para o ano de 1901 estaríamos presenciando o nascimento de Pedro Aleixo, cujo nome foi dado à nossa escola. Ele nunca poderia imaginar que logo após sua morte, em 1975, uma nova escola surgiria no Barreiro, no lugar de um campo de futebol, e que receberia o seu nome. Era a segunda das 11 novas escolas construídas pela Prefeitura de Belo Horizonte no ano de 1976.
       Pedro Aleixo nasceu na cidade de Mariana, no dia primeiro de Agosto. Durante sua vida ele foi vereador, deputado, jornalista, professor, jurista, advogado, ministro e vice-presidente da República. Seu nome foi escolhido para nomear a nossa escola como uma homenagem aos serviços prestados por Pedro Aleixo à sociedade.
      Assim, em 26 de abril de 1976 era inaugurada a Escola Municipal Pedro Aleixo, que entrou em funcionamento efetivo em 17 de maio do mesmo ano. As atividades escolares iniciaram-se antes da autorização oficial porque era urgente abrigar as crianças da Escola Estadual Belo Horizonte, a qual funcionava em péssimo estado. Os alunos foram presenteados com a execução de um painel e um retrato do Pedro Aleixo pelo pintor Inimá de Paula, figura de destaque no cenário artístico nacional e já falecido.
      A escola foi inaugurada com capacidade para atender 960 alunos, sendo que 660 deles vieram da Escola Estadual Belo Horizonte. A infra-estrutura do prédio contava com 12 salas de aula, salas para a direção, para a supervisão e para os professores, além de uma biblioteca, áreas cobertas para recreio e gabinetes médico e odontológico. Havia também um auditório e salas para o uso da comunidade.
      A escola viveu horas difíceis após sua inauguração. Não havia água, a qual era fornecida pelos vizinhos através de uma cisterna. Os funcionários transportavam a água em baldes. A maior parte do piso externo da escola era de terra e quando chovia se transformava num barro só. Até 1990 funcionou com turmas de ensino fundamental até a 4ª série, quando foi implantada a extensão de séries que se consolidou em 1993 com a formatura da primeira turma de 8ª série.
      Até dezembro de 1988  a direção da escola era nomeada pelo prefeito, sem qualquer participação da comunidade escolar. Em 1989. ocorreu a primeira eleição para direção, sendo eleitas Edna Rodrigues Faria (diretora) e Marlene Augusta (vice-diretora), que já estavam no cargo e foram eleitas para um mandato de dois anos.
      Ao longo da trajetória , a Escola Municipal Pedro Aleixo passou por momentos que merecem destaque. Em 1979, seguindo o movimento geral de demonstração da sociedade brasileira da sua insatisfação em relação à situação do país, na época uma ditadura militar, os professores municipais de Belo Horizonte entraram de greve de 17 de maio até 25 de junho. Posteriormente, houve a efetiva e completa reposição dos dias parados. Em 17 de junho de 1989, foi eleito o primeiro Colegiado, com representantes de todos os seguimentos da comunidade escolar. Em 05 de março de 1990, foram iniciadas as aulas da 5ª série, as quais começavam às 15 horas e encerravam às 19 horas e 30 minutos. Os trabalhos tiveram início com 04 turmas e 135 alunos.
      Ao longo destes anos, EMPA evoluiu em todos os aspectos. Tivemos grandes momentos de cidadania, participando de desfiles cívicos, orçamento participativo, vários concursos, feiras e gincanas, promovidos fora da escola por entidades diferentes.
      Também realizamos gincanas, feiras de Ciências e da Cultura, festivais de dança, exposições, apresentações na Mostra Plural e vários outros trabalhos que colocaram em destaque o nome e a tradição da EMPA, que hoje é referência no ensino público da região, sendo muito requisitada pela comunidade local.